Wednesday, March 07, 2007

No canto esquerdo...Rooooooocky Baaaaaalboa!

Eu lembro de um tempo de em que cinema era uma coisa muito divertida. Não tinha essa coisa de ir para pensar. A intenção era vibrar. E os diretores e roteiristas sabiam o que eu e meus amigos queríamos. Nos anos 80 tinha Poltergeist no Supercine e no cinema tinha Goonies, De Volta para o Futuro, Ruas de Fogo, Superman (III e IV) e Rocky.

Ah. Rocky. O melhor exemplo de um vencedor com cara de perdedor. Não que a gente quisesse ser meio mongol como ele, mas quando estava no ringue era o cara. Ganhou de todo mundo. E na rua a gente partia um para cima do outro brigando e brincando de ser Rocky Balboa. O cara. O lutador.

E se o primeiro era um filme dramático, meio levado a sério, os outros descambaram para uma diversão sem fim para o fã de lutas cinematográficas. Os filmes sempre falaram da mesma coisa. De se superar. De ser um homem frente às dificuldades e, claro, com a cena de treinamento dos dois oponentes.

Quando eu cresci assisti o Rocky V. Estava na fase dos filmes para pensar e daí detestei. Ator ruim, história clichê. “Pô. Esse negócio de superação de novo”.

E no último round, Rocky Balboa se levantou novamente e foi para a briga.

Hoje, no ano de 2007.

E lá no cinema eu me senti como nas matinês do Vila Rica. Porque tudo é uma homenagem sem tamanho aos filmes dos anos 80. Em nenhum momento você vai esperar uma cena moderna ou uma reviravolta criativa. É tudo padronizado, exagerado e pevisível. Cada diálogo é um trecho de livro de auto ajuda. Os encontros e desencontros com o filho que não suporta a sombra feita pela lenda criada atrás do Rocky se desenrolam com aquele draminha típico. Rocky é um old fashion.

Mas o que mais transpira no filme é paixão. Vontade de fazer algo para demonstrar que aquele cara meio mongol e de coração grande rende uma hora e meia de alegria. Cenas clássicas, como ele correndo as escadarias são relembradas e, claro, a cena do treinamento de uma luta improvável com o atual campeão, onde os dois vão vencer.

Quer coisa melhor? Ih. Tem um monte. Mas Rocky é uma celebração do cinema com milk shake de ovomaltine sem comparação.

Eu queria encontrar a molecada para a gente trocar uns socos até a minha mãe chamar para tomar banho e ir dormir.

4 Comments:

Anonymous Anonymous said...

que post fofo!

7:27:00 PM  
Anonymous Anonymous said...

Ah...viva os velhos clichês da Sessão da tarde!Ferrys, Marty Mcfly, Daniel Sam, a garota de rosa shockin e os garotos perdidos.Lindo Fer!

6:01:00 AM  
Anonymous Anonymous said...

"Eu queria encontrar a molecada para a gente trocar uns socos até a minha mãe chamar para tomar banho e ir dormir."
Isso nos remete à frase clássica: "eu era feliz e não sabia...".
Um tempo em que na vida existia mais vida, mais contato, mais amizade, mais esperança...

7:48:00 AM  
Blogger fernando araújo said...

a nostalgia tem dessas, wirton. a gente sempre acha que antes era mais cheio de alguma coisa. é só perguntar para os nossos avós. eu não acho que ser moleque é, necessariamente, uma coisa boa. a gente toma pancada de todo lado, os hormonios estão a flor da pele, tem que estudar coisas idiotas e é preciso disputar o toca fita com a família para ouvir um som. mas nos tempos de moleque tinha uns filmes bacanas e tinha também um dia infinito até a fatídica hora de ir dormir. um abraço

8:46:00 AM  

Post a Comment

<< Home