Thursday, January 25, 2007

Os impostores de bonde

Nego todo o argumento de que aquilo que se convencionou de chamar de “funk carioca” seja uma manifestação digna da nossa cultura popular. Não pode nem ser considerada manifestação algo onde não há música, nem ritmo, nem rima.
Não vou perder o meu tempo e de quem lê isso descrevendo algumas das pérolas que se ouve, porque elas não são dignas de nota. Acho absurdo que uma colagem de sons de baixa qualidade possua algum valor musical.
A música brasileira, salvo algumas exceções, teve origem no morro e não consigo conceber que do mesmo lugar que nasceu Cartola exista o Bonde do Tigrão. O funk carioca é uma aberração. É um triste reflexo da proletarização (no pior sentido da palavra) da maior parte da população inchada pela televisão.
É também sem sentido essa tentativa classe média e branca de manipular essas características do funk, para tocar nas boates “descoladas udi grudi” e ainda conseguir repercussão internacional. Não há graça nisso.
Deixo aqui o meu manifesto e a declaração de guerra particular contra tudo que esteja ligado a isso que inventaram com o rótulo de “funk carioca”.
Não há vida atrás dos bondes.

Ps- continuo achando caetano e milton uns mala.